quarta-feira, 21 de abril de 2010

Universo da Audição - História da Educação do Surdo no Brasil


Dia 23 de abril: Dia Nacional da Educação do Surdo
A história da educação do surdo data de cerca de 400 anos, não havendo no início uma compreensão sensata daquilo que permeia este universo - da surdez.
Ser surdo designava naquela época o estigma de inferioridade intelectual. O que sabemos certamente é que a ausência da linguagem, influencia profundamente o desenvolvimento do indivíduo.
Felizmente, a pessoa com surdez ou deficiência auditiva pode aprender a se comunicar utilizando a língua de sinais ou a própria língua falada e para isso, há um caminho a ser percorrido.


Vamos ao princípio de tudo...

Os primeiros educadores de surdos surgiram na Europa, no século XVI, criando diferentes metodologias de ensino, as quais se utilizavam da língua auditiva-oral nativa, língua de sinais, datilologia (representação manual do alfabeto) e outros códigos visuais, podendo ou não associar estes diferentes meios de comunicação.
A partir do século XVIII, a língua dos sinais passou a ser bastante difundida, atingindo grande êxito do ponto de vista qualitativo e quantitativo, permitindo que os surdos conquistassem sua cidadania.
Porém, devido aos avanços tecnológicos que facilitavam o aprendizado da fala pelo surdo, o oralismo começou a ganhar força a partir da segunda metade do século XIX, em detrimento da língua de sinais, que acabou sendo proibida. A filosofia oralista baseia-se na crença de que a modalidade oral da língua é a única forma desejável de comunicação para o surdo, e que qualquer forma de "gesticulação" deve ser evitada. Na década de 60, a língua dos sinais tornou a ressurgir associada à forma oral, com o aparecimento de novas correntes, como a Comunicação Total e, mais recentemente, o Bilinguísmo. A Comunicação Total defende a utilização de todos os recursos linguísticos, orais ou visuais, simultaneamente, privilegiando a comunicação, e não apenas a língua. Já o Bilinguismo acredita que o surdo deve adquirir a língua dos sinais como língua materna, com a qual poderá desenvolver-se e comunicar-se com a comunidade de surdos, e a língua oficial de seu país como segunda língua (oral ou escrita).
No Brasil, a educação dos surdos teve início durante o segundo império, com a chegada do educador francês Hernest Huet. Em 1857, foi fundado por Dom Pedro II o Instituto Nacional de "Surdos-Mudos", atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) cuja sede é no  Rio de Janeiro, que inicialmente utilizava a língua dos sinais, mas que em 1911 passou a adotar o oralismo puro. Na década de 70, com a visita de Ivete Vasconcelos, educadora de surdos da Universidade Gallaudet, chegou ao Brasil a filosofia da Comunicação Total, e na década seguinte, a partir das pesquisas da Professora Linguista Lucinda Ferreira Brito sobre a Língua Brasileira de Sinais e da Professora Eulalia Fernandes, sobre a educação dos surdos, o Bilinguísmo passou a ser difundido. Atualmente, estas três filosofias educacionais ainda persistem paralelamente no Brasil - Oralismo, Lingua de Sinais e o Bilinguísmo.


                                             Datilologia - LIBRAS

Todas essas filosofias serviram para conhecermos as possibilidades genéricas que uma pessoas com surdez podem apresentar.


Surdez ou Deficiência Auditiva?

A Surdez é o impedimento do funcionamento auditivo na vida comum; Já a Deficiência Auditiva é a diminuição da capacidade de perceber os sons; 

Eu, como Fonoaudióloga, ao receber uma criança com deficiência auditiva ou surdez, busco conhecer toda a sua história. Converso com os pais desde a gestação do filho, a percepção dos pais para essa "dificuldade" em ouvir, a realização do diagnóstico, tratamentos já realizados (se for o caso)... para que eu possa orientar sobre as melhores possibilidades para o desenvolvimento de cada um deles. Todos nós somos diferentes. As dificuldades auditivas também, afinal, todas as pessoas estão inseridas em um contexto de vida diferente e isso deve ser considerado.

Dia 27 estarei no Sindboa em Santa Maria da Boa Vista-PE, onde iremos passar informações sobre o "Universo da Audição" aos professores da rede regular de ensino.

Aqui no Blog, continuaremos conversando sobre o assunto.
Um abraço

domingo, 18 de abril de 2010

18 de Abril - Dia Nacional do Livro


As histórias infantis como forma de consciência de mundo É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação da cultura, mas também de ideologias. A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo, em sua ambiguidade e pluralidade. Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo inútil ou apenas como forma de entretenimento. A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.
Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordam questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano.
Fonte: www.graudez.com.br/litinf/livros.htm - Cristiane Madanëlo de Oliveira. "Livros e Infância" 


No dia 02 de Abril foi comemorado o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil. Esse era o dia do aniversário do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), que escreveu: O Soldadinho de Chumbo, O Patinho Feio e muitas outras histórias que são consideradas grandes clássicos da literatura infantil e que, com certeza, você já leu ou já ouviu sua mãe contar na hora de você dormir.
Em 18 de Abril, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, também como uma homenagem a um grande escritor de livros para crianças, só que brasileiro: Monteiro Lobato. Depois das histórias de Monteiro Lobato, os livros infantis nunca mais foram os mesmos, e a criançada ficou mais alegre e criativa. Ele foi o criador da turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo e um escritor que se preocupou de verdade com as histórias infantis, sendo o primeiro a perceber que as crianças são muito espertas e gostam de histórias divertidas e inteligentes.
Os livros infantis são aqueles escritos especialmente para crianças, embora muitas vezes os adultos também os leiam. Afinal, todo adulto tem uma criança guardada de dentro de si. Alguns livros quase não tem texto, mas muitos desenhos. Outros têm histórias de vaqueiros, animais, cavalheiros, fadas, aventuras e muita magia - tudo isso pra você ler e entrar num outro mundo que só quem experimenta  é quem conhece. Antes dos livros, existiam as fábulas, as lendas, cantigas, etc, que os próprios pais contavam aos filhos. O importante é que hoje existe uma porção de livros e histórias que fazem as crianças quererem ler sempre mais e mais.

"É importante lembrar que estimular o exercício da leitura é uma tarefa tanto dos pais quanto dos educadores, e este deve acontecer desde muito cedo. Nesses variados contextos, é imprescindível a adequação do conteúdo em relação a idade e fase do desenvolvimento da criança, permitindo sua real participação nesse processo de construção da leitura, tornando-o ao seu tempo um cidadão consciente e atuante no mundo que lhe espera."  Flávia Tamarindo /Fonoaudióloga

-------- Momentos de leitura  --------


De 1 a 2 anos

Textos: As histórias devem ser curtas e rápidas;

Ilustrações: uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente;

Materiais: livros de pano, madeira e plástico. É recomendado o uso de fantoches;

De 2 a 3 anos

Textos: As histórias devem ser rápidas, com pouco texto, de enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se ao máximo das vivências da criança;

Ilustrações: Gravuras grandes e com poucos detalhes;

Materiais: Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. Música também exerce um grande fascínio sobre a criança;

De 3 a 6 anos

Textos: os livros adequados a essa fase devem propor vivências voltadas para o cotidiano familiar da criança;

Ilustrações: Predomínio absoluto de imagens detalhadas, sem texto escrito ou com breves textos;

Materiais: Livros com dobraduras simples. O interessante nessa faixa etária é a transformação do contador de histórias, o uso de roupas e máscaras que o caracterizem. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem que se propõe.

De 6 a 7 anos - fase de alfabetização

Textos: Trabalho com figuras de linguagem que explorem o som das palavras. Estruturas frasais mais simples sem longas construções. Ampliação das temáticas com personagens inseridas na coletividade, favorecendo a socialização, sobretudo na escola;

Ilustrações: Devem estar integradas ao texto a fim de instigar o interesse pela leitura. Uso de letras ilustradas, palavras com dimensões diferentes, explorando assim a pintura;

Materiais: Excelente momento para inserir poesia, para brincar com as palavras, sílabas, sons. Apoio de instrumentos musicais ou outros objetos que produzam sons. Materiais como massinha, tintas, lápis de cor ou cera devem ser utilizados para ilustrar textos;


Ficam as minhas sugestões. Invente e compartilhe as suas. Coloque no dia a dia de pais e filhos / alunos e professores / neto  e avô-avó / sobrinho e tio... Esses momentos de leitura.

Já ia esquecendo, vamos descontrair um pouquinho?

Uma tirinha do Ziraldo


Uma piada do Ziraldo

Ponto de Vista
O pai do Bocão chamou o filho para uma conversa:
- Bocão, a diretora da escola me disse que, dos trinta alunos da sua classe, você é o último colocado.
- Podia ser pior, pai.
- Pior como?
- A classe podia ter sessenta alunos....


Beijo
Aproveite o dia!


sábado, 17 de abril de 2010

Conhecendo a Fonoaudiologia


A Fonoaudiologia é uma profissão regulamentada pela lei nº 6965 de Dezembro de 1981 e pelo decreto nº 87.215, de 31.05.1982. É a ciência da comunicação humana, estuda a linguagem oral e escrita, voz, audição, motricidade orofacial em seus aspectos normais e patológicos, abrangendo as áreas clinico-terapêutica, clínico-audiológica, hospitalar, estética e educacional.

O profissional desta área é chamado Fonaudiólogo e deve apresentar graduação plena em fonoaudiologia, registrar-se ao seu Conselho de classe (CREFONO) da sua região, podendo assim atuar em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica em suas diversas áreas.

O fonoaudiólogo apresenta uma grande área de atuação e assim, diversas atribuições. Os locais de trabalho desse profissional podem ser: Creches, Clínicas e Consultórios, Escolas, TV, Rádio, Teatro, Telemarketing, Indústrias, Universidades e Faculdades, Postos de Saúde, Residências (atendimento domiciliar), Hospitais.

Maiores informações consulte a Lei nº 6965 de 9 de Dezembro de 1981 - Dispõe sobre a regulamentação da Profissão do Fonoaudiólogo e determina outras providências.
Acesse o site do Conselho Federal de Fonoaudiologia: www.fonoaudiologia .org.br